Amor Peregrino ou A Casa Azul
Por Ysabel Cristina
I – Amor Peregrino ou A Casa Azul
A casa vazia de janelas enormes
O olho mágico do futuro
O gosto da fruta naqueles olhos azuis
Céu vermelho.
Se equilibra na ponta do amor peregrino
Sonhos são os que não têm nome.
Saber disso é esquecê-los
Olhar pela boca do céu e erguer o cálice do medo.
Veja o beijo ardente
Da musa e seu amarelado arlequim.
A boca do dragão azul
Come o meio em que se encontra a ponte,
Parte ausente de uma cinzenta visão
para o nada, o norte do mar
O cego do meio,
No caminho para o fim.
II – Lado B da Casa Azul/Lado B de Amor Peregrino
A casa feia de janelas azuis
O gosto pelo belo do mundo
O cheiro da flauta naqueles olhos verdes
Ai, que belo
Se equilibrar, não cai
Se cair, se perca,
Porque não vale mesmo a pena
Beber do cálice e não morrer
Viver e não ter a certeza
Da dor na carne
Adentrando ao ouvido
Do coração alado
Porque não adianta querer
Estampar na dor para não ver o cego correr.
o que não dá, o que não pode
Ser meio-dia, ser meia louca
Daquele dia em que você se perdeu.
De todos, de ti e de si, da parte que lhe cabe
Para todo o mar
de tudo, de si mesmo.
Saberes e Olhares
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É um prazer ter meu poema postado no blog do querido Carlos Barros.
Querida Ysabel. Pode ter certeza que o prazer também foi meu, especialmente por saber que seu poema levará este mesmo prazer a muitos leitores. Seja sempre bem-vinda! Forte abraço do amigo Carlos Barros.
Parabéns, Muito bonito isso!!!