Japão cria serviços para evitar aumento de suicídios após tragédia
“A cada 15 minutos, alguém no Japão se mata, o que torna o suicídio a principal causa da morte de homens entre 20 e 44 anos e mulheres entre 15 e 34 anos. São cerca de 90 casos por dia e mais de 30 mil por ano, segundo levantamento do governo. A média anual é duas vezes maior do que nos Estados Unidos por exemplo. Entre os países desenvolvidos, o Japão tem os maiores índices de suicídio. Mas o país fica atrás de Lituânia, Coreia do Sul, Cazaquistão e Belarus na lista mais recente da Organização Mundial da Saúde de países com maior número de suicídios por 100 mil habitantes. O grupo Ikiru tem psicólogos e psiquiatras nas províncias de Miyagi, Fukushima e Iwate para ajudar as vítimas a cuidar de sua saúde mental. A ONG teme que o número de suicídios aumente e, por isto, prefere não dar entrevistas à mídia local sobre o assunto. Um representante do grupo justificou à BBC Brasil que uma pessoa com depressão pode pensar em se matar ao ler uma matéria sobre o assunto. Para a maioria da população japonesa, tirar a própria vida não tem conotação de pecado ou de problema mental como no Ocidente. Por séculos, o suicídio é visto no país também como um gesto de grande nobreza (…). Por isso é que os especialistas temem que, após o tsunami, a falta de esperança daqueles que perderam não só os bens materiais, mas também familiares e amigos, leve muitos a se matarem…” Fonte: Folha.com
Ewerthon tobace
de Tóquio para a bbc brasil
11/05/2011 – 08h46
Saberes e Olhares
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